terça-feira, 13 de outubro de 2009

Como Identificar um bom Whisky





SELO DO IPI - Toda bebida importada destilada, como uísque, vodca, conhaques, brandies, licores, Steinhager, tequilas, gin, aguardentes, e champanhes - da região do mesmo nome na França - devem sempre conter o selo de IPI na cor vermelha. O referido selo, em papel-moeda, é numerado e impresso pela Casa da Moeda.
SELO DO IMPORTADOR - Toda bebida, seja ela nacional ou importada, tem sempre na parte de trás da garrafa uma etiqueta ou rótulo com o nome do importador ou fabricante, contendo inclusive algumas informações como: composição do produto e data de validade.
Não existe um teste para bebedores normais do tipo: balançar a garrafa e ver as bolhas, tentar sentir o aroma do malte e outros que existem por aí, que autentique a origem do Whisky. O ideal é adquirir suas garrafas de locais de procedência conhecida.

Catawba




Origem
Uva tinta nativa americana, na região leste e nordeste dos EUA; expressiva na região de Niagara, divisa com Canadá. Embora não seja exatamente uma vinifera (e sim
Labrusca), ela foi fundamental na recuperação das vinhas europeias, quando foram atacadas pela filoxera (pulgão que mata a raiz). Sendo resistente a essa praga, serviu de cavalo (base de enxerto) para todas as espécies europeias atacadas.
Regiões de produção
Vinhos varietais de mesmo nome, de qualidade popular. nordeste dos EUA e Canadá.

Características dos Vinhos
Vinho popular (no sul do Brasil, vinho de colonia), tinto, branco ou rosé, conforme a prensa, muito frutado, e de baixa qualidade, como é o caso das Labrusca.

Harmonização
esqueça.

Carmenère




Origem
Uva tinta de alta qualidade, variedade da uva cabernet, originária de Bordeaux (Fr.), mas hoje naturalizada chilena. Originalmente, era conhecida no séc. XVIII como "grand vidure" (e a cabernet franc como "vidure"), mas essa designação sumiu. Produz ótimos vinhos varietais, com muita estrutura e sabor marcante. Permite envelhecimento para os vinhos bem elaborados. Devido a sua potência, não deve ser utilizada em vinhos de consumo imediato, pois antes de 3-4 anos os vinhos estarão desequilibrados devido à acidez e aos taninos agressivos. Devido á sua recente redescorta (meados década de 90) no Chile, não há hoje vinhos Carmenère de mais de 8 anos, mas é uma uva com grande potencial para guarda de 10, 20 anos, ou até mais.

Regiões de produção
Hoje pode-se dizer que a Carmenère é uma uva chilena, e lá encontra sua plena expressão, mas aparece também na California e na Argentina. Os vinhos são via-de-regra varietais, mas podem aparecer combinados com cabernet sauvignon, ou mesmo shiraz. Alguns Tops chilenos usam Carmenère em seu corte.

Características dos Vinhos
O vinho carmenère é saboroso e encorpado, um pouco mais tânico que a cabernet sauvignon, e menos ácido que a cabernet franc, com um nítido e delicado amargor secundário. Tem coloração rubi violácea acentuada. Suas boas caracteristicas só aparecem depois de alguns anos; sendo assim, vinhos carmenère de menos de 3 anos são completamente desequilibrados, com elevada acidez e taninos agressivos (adstringente).

Harmonização
Carnes vermelhas, feijoada (é isso mesmo), e assados. Não deve ser utilizada para acompanhar pratos com molho de tomate, ou pratos leves e saladas. Uma boa pedida para o "fondue" bourgignone (carne).


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Carignan


Origem
Uva tinta da região sul e sudeste da França, utilizada nos vinhos do Languedoc e da Provence. Na Espanha é conhecida como Cariñena, e utilizada nos vinhos da Catalunia. Normalmente aparece em combinação com outras.

Regiões de produção
Tem boa presença em Penedés, Catalunia. Mais expressiva no sul da França, onde participa do famoso Chateauneuf-du-Pape, na região sul do Rhône, próximo a Avignon. É utilizada em geral com a grenache (garnacha) e a monastrell (mourvédre).

Características dos Vinhos
ver grenache e garnacha.

Harmonização
ver grenache e garnacha.

Brunello


Origem
Excelente uva da Toscana (Itália), variedade nobre da Sangiovese, desenvolvida no condado de Montalcino e cercanias; designação do vinho com ela produzido. Tornou-se famosa pelos fabulosos vinhos (DOC e DOCG) Brunello de Montalcino. É uma casta feita para ser trabalhada em "solo", e capaz de produzir vinhos de grande longevidade. Na verdade, os vinhos de uma safra só são liberados ao mercado depois de 5 anos.

Regiões de produção
Os vinhos Brunello de Montalcino são de superior qualidade, sendo que podem chegar a ser excepcionais. A uva Brunello, fora das regiões demarcadas para ela em Montalcino, é também conhecida como Sangiovese Grosso (grande, no masculino, porque uva é vitigno, masculino), com a qual se faz o Rosso di Montalcino, inferior ao Brunello, bom para os anos ruins.

Características dos Vinhos
Um "Brunello" sempre requer ocasião e respeito. Será um vinho encorpado, vermelho escuro com tons acastanhados, com ótimo equilibrio entre álcool, acidez, e taninos suaves (macios). Não tem nenhum açucar perceptível. De acordo com o grau de envelhecimento - 8, 10, 15, 20 anos - apresentará maior complexidade aromática e gustativa.

Harmonização
Pratos nobres, de temperos sutis. Carnes e aves, cuidadosamente preparados valorizarão e realçarão suas excelentes qualidades. Um "T-bone steak" com batatas assadas, e lascas de queijo gruyère, farão com um Brunello uma refeição inesquecível. Nunca tome Brunello com tomates e temperos apimentados. Nunca desperdice um Brunello com entradas ou saladas, ou num dia quente. Prefira tomá-lo à noite.

Adónis


Adónis


2doses de Martini Tinto;
4doses de Dry Sherry;
1 gota de Orange Bitter.

Usar copo de misturas
Decoração: 1 casquinha de limão

Dry Martini


Ingredientes

  • 1 medida de vermute seco
  • 9 medidas de dry gim
  • Gelo
  • Azeitona

Modo de Preparo

Coloque o gim sobre as pedras de gelo, mexendo para gelar a bebida. Retire o gelo da taça e pingue o vermute seco, girando a taça para que percorra suas paredes. Coloque uma azeitona espetada num palito

Tequila




Tequila é o destilado que virou marca registrada do México e remete à lembrança do sol, verão, praia, festa e, claro, Margaritas. Afinal, foram essas refrescantes bebidas que popularizaram a tequila nos anos 70 e 80. Mas, ao contrário do que o sol mexicano pode sugerir, um bom shot de tequila pura, sem gelo, limão, açúcar ou sal, pode esquentar sua noite de inverno. Só que neste caso prefira as tequilas 100% Agave, aliás, seria um crime estragar o prazer de uma boa tequila com sal e limão.
O Agave é uma planta suculenta cultivada no México a partir da qual se produz a tequila. No Brasil, felizmente podem ser encontradas em lojas especializadas, sites de venda de bebidas e até mesmo em supermercados com boa variedade de marcas, tipos aromas e sabores. Cada destilador imprime sua marca própria na bebida e engarrafa cuidadosamente o resultado de um processo que pode durar mais de 15 anos, entre o cultivo do agave azul, seu amadurecimento, processamento e bidestilação, até o envelhecimento em barricas e engarrafamento.
O que difere uma tequila de uma tequila 100% agave?
Tequila é o destilado mexicano produzido por um destilador autorizado em região demarcada a partir do mosto fermentado do agave tequilana , também conhecido como agave azul. Os primeiros registros da destilação do agave para a elaboração de uma tequila, ou algo semelhante a ela, não são muito precisos, mas a primeira destilaria de tequila tem ano de fundação conhecido. Foi em 1795 que José María Guadalupe de Cuervo fundou La Confradia de las Ánimas, que depois se tornaria Taberna de Cuervo, dando origem a Casa Cuervo. Quase um século depois, em 1870, se estabelecia também na região de Jalisco a Tequila Herradura, seguida pela Tequila Sauza, em 1873.
Categoria e classe das tequilas
Segundo as normas publicadas pelo Consejo Regulador del Tequila, as bebidas que levam no rótulo a expressão Tequila 100% de agave ou Tequila de puro agave devem ser produzidas e engarrafadas por destiladores autorizados, dentro de região demarcada,exclusivamente a partir do mosto do agave azul. Os produtores podem acrescer a palavra Azul ao final da expressão 100 % de agave ou Tequila de puro agave.
As garrafas que levam no rótulo apenas o nome tequila são produto da destilação de mostos de diferentes açúcares na proporção máxima de 49% do volume total da garrafa, sendo que os demais 51% de destilados devem necessariamente ser provenientes do mosto de agave azul, cultivado em região demarcada. Nesse caso, o produto final poder ser envazado fora da região demarcada.
Tanto as tequilas como as tequilas de puro agave, são destiladas duas vezes e depois retificadas antes do engarrafamento. Ou seja, elas têm seu teor alcoólico rebaixado para valores entre 35% e 55% por volume, por meio da adição de água ao produto bidestilado. As diferentes tequilas ainda são classificadas segundo o processo que sofrem antes de seu engarrafamento, que resultará em alguns tipos:
*Blanco ou Plata (Silver para o mercado internacional): quando logo após a segunda destilação a tequila é engarrafada. Segundo alguns, a tequila blanco 100% agave é a tequila para coinesseurs. Sem envelhecimento ou adição de açúcar, é a mais pura expressão da casa destiladora.
*Joven ou Oro (Gold par o mercado internacional): tequila à qual podem ser adicionados corantes e edulcorantes distintos com a finalidade de conferir sabor mais adocicado e aromas mais acentuados à bebida. Também pode ser obtida através da mescla de tequila blanco com reposados.
*Reposado (Aged no mercado internacional): também podem ser acrescidos edulcorantes e corantes, mas deve passar por um período mínimo de dois meses de guarda em barricas de carvalho. A mistura de uma tequila reposado com añejo ou extra añejo resultará em uma tequila reposado.
*Añejo (Extra Aged no mercado internacional): mesmo procedimento que as duas anteriores, porém o tempo de envelhecimento em barricas de no máximo 600 litros deve ser de no mínimo um ano.
*Extra Añejo (Ultra Aged no mercado internacional): mesmo procedimento que as duas anteriores, porém o tempo de envelhecimento em barricas de no máximo 600 litros deve ser de no mínimo três anos.

Drink - Manhattan




Manhattan


Ingredientes:


1 parte de Whisky
1/3 parte de Vermouth Tinto
Gotas de Bitter (Campari)
Preparo
Coloque todos os ingredientes na coqueteleira com cubos de gelos, misture bem e despeje na taça. Decore com cereja maraschino.

RUM



História
A cana-de-açúcar começou a ser cultivada nas Caraíbas, em 1433, no tempo de Cristóvão Colombo.
Era transportada pelas esquadras de Colombo a partir das Ilhas Canárias.

Nos princípios do século XVI surgiu o primeiro rum destilado a partir da cana-de-açúcar.

Existem várias histórias e lendas sobre o rum que envolvem os piratas da época.

Alguns "experts" na matéria defendem que a palavra rum deriva de Rumbullion ou Rumbustion. Expressões usadas, na gíria, pelos ingleses para descrever os excessos provocados pelos bêbados.
Outros afirmam que a palavra rum tem origem latina, saccharum (açúcar).

No século XVII, o rum era já muito conhecido, sendo considerado como uma bebida medicinal que curava todas as doenças e expulsava os "demónios" do corpo.

Em 1775 o rum era a bebida mais vendida na América, o consumo anual per capita era de aproximadamente 18 litros.

George Washington, na sua campanha eleitoral, distribuía grátis rum por todos aqueles que o ouviam.

Actualmente o rum é produzido em muitos países: Índias ocidentais francesas (Martinica e Guadalupe); Índias ocidentais britânicas (Jamaica, Barbados, Guiana, Trinidad); Brasil; Venezuela; Austrália; Cuba; Puerto Rico; México; Bolívia; Rússia e Espanha.

Esta bebida alcoólica obtém-se por destilação, após a fermentação do sumo fermentado da cana-de-açúcar, xarope de cana ou melaço.

Quando se produz à base de sumo de cana, considera-se que o processo é agrícola. Sempre que são usados o xarope de açúcar e o melaço, o processo é considerado industrial.

As folhas são retiradas à cana-de-açúcar e esta é esmagada. Ao líquido obtido após a filtragem chama-se "Congeners" ou "Vesou".

Processo agrícola
A fermentação dura de 24 a 48 horas para o rum do tipo branco e pode durar algumas semanas no caso do tipo escuro.
Este processo consiste na adição de leveduras e água ao "Congeners".
A destilação faz-se num alambique de processo de fogo contínuo quando se trata de rum branco Dry ou Light e em Pot Still se for um rum escuro.
Dá-se o nome de "Grappe Blanche" ao líquido obtido pelo processo (Patent Still) fogo contínuo.

Processo industrial
O tempo de duração da fermentação é idêntico ao do processo agrícola. Nesta fermentação adiciona-se uma substância que é formada por resíduos que são sobras do alambique. Estes resíduos são semelhantes às leveduras que se usam nos Sour-Mash Whiskeys.
No processo industrial o rum tanto é destilado em Pot Still como em Patent Still. O sistema Pot Still usa-se quando se pretende fabricar rum com melhor qualidade. Pois, este processo permite reter as qualidades aromáticas do rum e ao mesmo tempo dá-lhe uma maior maciez.

Cor/coloração
O processo de coloração usado para o chamado "Rum Negro" consiste na adição de xarope de cana-de-açúcar queimado e caramelo ao espírito já destilado.
Mistura/Blendagem
Tal como os whiskeys, o rum também pode ser misturado com outros tipos, especialmente o rum negro, que inclui rum destilado em Pot Still e em Patent Still.
Envelhecimento
No envelhecimento do rum do tipo branco Light/Dry usam-se barris novos ou sem qualquer tratamento especial. Nos do tipo negro utilizam-se barris previamente queimados, chama-se a isto sistema jamaico.
O período de envelhecimento do rum varia entre três a cinco anos no caso dos brancos e de três a quinze anos no caso dos negros. No entanto, nenhuma lei obriga a que a idade do rum seja mencionada no rótulo.

Particularidades
- Ao rum destilado adiciona-se água lisa, para obter a graduação alcoólica pretendida.
- O rum feito de melaço é conhecido por rum industrial pelo facto de a grande maioria se obter a partir do melaço.
- O melaço obtém-se da seguinte forma: a cana-de- açúcar é cortada em pedaços e esmagada por
grandes rolos que lhe retiram o sumo. Os resíduos são esmagados uma segunda vez. O sumo
obtido é aquecido até chegar ao ponto de quase fervura e depois arrefecido. Este líquido (muito escuro) é tratado, sendo-lhe adicionado lime (sumo de lima) e novamente aquecido.

Depois de frio, o cristal formado pelo açúcar separa-se, restando o melaço que se utilizará no
fabrico do rum.
- A graduação alcoólica do rum oscila entre 40º a 55º graus.
- O rum Bacardi produzia-se em Cuba até Fidel  Castro subir ao poder. A partir dessa altura passou
a produzir-se em Puerto Rico, sob a designação de Ronrico.

O Bacardi produz-se em imensos países sob licença.
- Há cerca de trezentos anos os oficiais da armada britânica distribuíam diariamente uma porção de
rum pela tripulação. Desta forma suportavam-se melhor as condições de vida a bordo.

O Grog foi instituído como uma bebida quase obrigatória a bordo, por ordem do almirante
Vernon, comandante chefe da armada britânica nas Índias ocidentais britânicas, em 1740.

Tipos de Rum
Rum ligeiramente encorpado: É seco e leve em aroma. Apresenta-se incolor na versão White Label e dourado escuro na Gold Label. Este tipo de rum é mais pesado e mais doce. Produz-se principalmente na Venezuela, Cuba, México e Puerto Rico.
Rum mais encorpado: É um rum escuro. Tem um bouquet acre, corpo e aroma. É originário da Jamaica, Demerara (Guiana Britânica), Martinica, Trinidad e Barbados.
Rum altamente aromático: Butativa Arak.
Na produção deste rum juntam-se bagos de arroz vermelho ao melaço.
Produz-se na Indonésia (área de Java) e é enviado para a Holanda e Suécia onde é engarrafado e utilizado no fabrico do famoso Ponche sueco.
Rum naval ou Navy Rum: O Navy Rum faz parte dos tipos mais encorpados, produz-se na Guiana e Trinidad. É misturado (blended) na ilha de l'Ortola (Ilhas Virgens Britânicas).

Este tipo de rum é o mais usado para fazer o famoso Grog, especialmente pelos chamados "Lobos do Mar".

Gin e Genever/Dutch Gin - Genebra/Gin Holandês



O Gin é uma das mais famosas bebidas do mundo.

A sua aparição é mais recente em relação aos outros espíritos.
Foi no século XVII que o Dr. Franciscus de la Bõe, também conhecido por Dr. Sylvius, apareceu com uma receita de Gin.

Na altura chamava-se Geniévre e era utilizado apenas como um produto medicinal barato e de óptima qualidade diurética, devido à utilização do Juniper Berry (zimbro).

Da combinação do espírito obtido com adição do zimbro, depressa foi considerado pelos holandeses como um tónico purificante para conservar a boa saúde.
Simultaneamente o nome foi adoptado pelos holandeses como Genever, nome que ainda hoje usam e que é apenas a palavra holandesa que traduz juniper.

No reinado do rei britânico Guilherme III, a Genever foi introduzida na Inglaterra. Inicialmente, foi apenas chamada Hollands e foram as tropas britânicas que começaram a chamar Gin à Genever, como abreviatura. Tudo isto se passou em pleno século XVII.

No século XVIII, no reinado da rainha Ana, os produtores britânicos de Gin tiveram uma ajuda preciosa: maiores taxas nas bebidas importadas e alívio sobre as bebidas britânicas. Esta medida serviu de incentivo e foi a partir dessa altura que os ingleses, já rendidos às qualidades do Gin o adoptaram como bebida nacional.

Por ser de fácil fabrico o Gin foi durante muitos anos produzido ilegalmente.
Apenas uma firma detinha o monopólio da sua produção. Por ser uma bebida barata foi considerada uma bebida para os pobres e ao mesmo tempo como produto medicinal. Era receitada nas farmácias às mulheres como relaxante para os nervos.
Por este motivo o Gin teve também diversos sub-nomes: "A Delícia das Senhoras" ou "A Ruína das Mães".

Tipos de Gin
Os tipos de Gin mais conhecidos no mercado são:
- London Dry Gin
- Old Tom Gin (já quase extinto)
- Plymouth Gin
- Sloe Gin
- Genever

London Dry Gin: O mais famoso e vendido em todo o mundo. É muito seco e apresenta-se incolor.

Old Tom Gin: O famoso "Tom Collins" era, inicialmente, feito com este tipo de Gin que é adocicado. Actualmente é difícil encontrar este Gin no mercado, por estar quase extinto.

Plymouth: É um Gin seco e incolor que durante muitos anos foi o Gin preferido da marinha inglesa. Tem um aroma mais acentuado do que o London Dry Gin. Inicialmente produzido na escura abadia de Plymouth, continua a produzir-se no mesmo local e pelos descendentes da família que começou a fabricar.

Sloe Gin: A este Gin, depois de destilado, é adicionada uma infusão de ameixas bravas (sloeberries) que lhe dá um sabor diferente e o torna avermelhado.
Este tipo de Gin é, normalmente, envelhecido em cascos de madeira. A sua graduação alcoólica é de 27º aproximadamente.
Produz-se na cidade de Plymouth, embora algumas firmas, como a Gordon's, tenham uma linha de produção de Sloe Gin.

Genever/Gin Holandês: Como já foi dito, a Genever deu origem ao famoso Gin. No entanto, devido às suas características a Genever merece uma análise mais profunda. A Genever pode também ser rotulada de "Hollands" ou "Schiedam" (nome da cidade onde predomina a sua produção).

Existem pelo menos, quatro versões de Genever.
Jonge (Young/Nova): Apresenta-se incolor, suave e é de todas a mais popular.

Onde Jenever (Old Genever/Velha): Este tipo de Genever tem um tom ligeiramente amarelecido, devido a um curto período de envelhecimento. Na sua composição há uma maior quantidade de malte. Tem um sabor mais acre do que a Genever nova.

Citronengenever: É uma Genever com sabor a limão bastante acentuado. A sua cor é amarelo-limão. Deve beber-se muito fria.
A firma fabricante deste tipo de Genever é a Bols.
Consome-se quase exclusivamente na Holanda.

Bessen Genever: Pelas  suas características assemelha-se a um licor. A sua cor é vermelho-escuro, semelhante a um cherry brandy e é bastante espessa. Deve beber-se fria, tal como todas as Genevers.
A Genever é sempre envelhecida, mesmo que seja por um período pequeno. É aromática, ainda que possua um aroma muito diferente de um London Dry Gin, por exemplo.

Produção da Genever
Produz-se a partir de cevada maltada e partes iguais de milho e trigo.
Esta mistura de cereais é fermentada e em seguida destilada, em sistema Pot Still. Da primeira destilação obtém-se um espírito a que os holandeses chamam "Montwiju" (vinho de malte) e que serve de base aos vários tipos de Genever com qualidade.
Na segunda e terceira destilação são-lhe adicionadas plantas aromáticas e quase sempre Alcaravia (Caraway).

Produção do Gin
O Gin é produzido a partir de vários cereais: milho, trigo, cevada e centeio. Pode incluir melaço e arroz. São-lhe adicionadas bagas de zimbro (elemento indispensável à quase totalidade dos Gins).
Destilação/Purificação
Misturam-se os cereais até ficarem numa massa que é depois cozida e fermentada. Em seguida faz-se a destilação no sistema Patent Still ou Coffey Still que deve, no mínimo, ter três colunas. A primeira destilação destina-se a purificar o espírito obtido, que é incolor inodoro e muito forte (totalmente neutro). A este espírito adicionam-se várias plantas aromáticas (Botanical Plants). É colocado num Pot Still e redestilado para obtenção do aroma ou paladar desejados.
O método mais rápido para aromatizar o Gin (usado por alguns produtores) chama-se "Mistura Fria" e consiste em adicionar os aromatizantes a uma pequena porção de espírito neutro para se obter uma forte mistura concentrada a que se dá o nome de "essência".
Esta essência é exportada para países que fabricam Gin, sob licença, e em cujo rótulo apareça a designação "destilled Gin". Embora não seja muito frequente pode encontrar-se outra designação, nalguns rótulos: "compound Gin" ou Gin composto. A este tipo de Gin são adicionados os aromatizantes sem ser necessária uma redestilação.

Envelhecimento
Normalmente, os Gins não são envelhecidos. No entanto, nos Estados Unidos da América, o Gin é envelhecido em cascos de madeira, obtendo uma cor amarelo-pálido (Golden Gin).
Engarrafamento
No momento em que se engarrafa o Gin adiciona-se água destilada, que tem como finalidade reduzir o teor alcoólico do Gin.
A graduação alcoólica do Gin é de 40º, excepto o Sloe Gin, que tem 25º ou 27º.
Na Alemanha a designação do Gin local é "Wacholder". Trata-se de um espírito neutro, obtido da mesma forma e aromatizado com Juniper Berry (Baga de Zimbro). O Steinhager é o Gin mais conhecido na Alemanha. Produz-se na cidade de Steinhagen, na Westphalia. Este Gin tem um forte aroma a baga de zimbro porque esta é  fermentada ao mesmo tempo que os outros cereais e não adicionada. É incolor e aparece em garrafas de cerâmica. Deve beber-se frio e puro. A sua graduação alcoólica é de 38º.

domingo, 11 de outubro de 2009

História do Grants




Whisky Grants


 

Conheça nossa história
Na William Grants & Sons, a paixão pela produção do melhor Scotch Whisky mantém-se a mesma desde o dia de Natal de 1887, quando a primeira gota de Whisky correu na destilaria de William Grant.
A história do Clan Grant pode ser traçada desde o século XIV, altura em que migraram para Speyside - agora o centro da produção de whisky - onde lhes foram oferecidas terras, como recompensa pelos serviços prestados ao serviço do rei James VIII na rebelião de 1745.. Sobreviveram à batalha de Colluden,
a última batalha militar a ser travada em solo britanico, mas derrotados
e forçados a fugir, encontraram esconderijo em Banffshire onde foram abrigados por um elemento do Clan Grant.
Um dos que lá encontrou abrigo foi Alexander Grant, cujo bisneto, William Grant, viria a ser o fundador da Wiliam Grant & Sons.
Nascido a 19 de Dezembro de 1839, Foi graças a um professor seu - John MacPherson - que William Grant largou o trabalho do campo e se dedicou aos estudos, os quais se mostraram uma excelente pedra base para maiores feitos. Começou a trabalhar numa destilaria em 1866. Primeiro como escriturário e mais tarde, graças à pericia e conhecimentos demonstrados, como administrador.

Os inúmeros prémios de excelência e o reconhecimento internacional que detém, são prova do seu compromisso com a excelência assim como da dedicação e empenho de todos os que lá trabalham e que servem de inspiração a tudo o que está por trás de um dos melhores whiskies do mundo - O whisky Grant's.
A William Grant & Sons foi recentemente premiada com o prémio de melhor destilaria do mundo pela terceira vez, facto inédito na história do Whisky.

Como Identificar um bom Whisky







SELO DO IPI - Toda bebida importada destilada, como uísque, vodca, conhaques, brandies, licores, Steinhager, tequilas, gin, aguardentes, e champanhes - da região do mesmo nome na França - devem sempre conter o selo de IPI na cor vermelha. O referido selo, em papel-moeda, é numerado e impresso pela Casa da Moeda.
SELO DO IMPORTADOR - Toda bebida, seja ela nacional ou importada, tem sempre na parte de trás da garrafa uma etiqueta ou rótulo com o nome do importador ou fabricante, contendo inclusive algumas informações como: composição do produto e data de validade.
Não existe um teste para bebedores normais do tipo: balançar a garrafa e ver as bolhas, tentar sentir o aroma do malte e outros que existem por aí, que autentique a origem do Whisky. O ideal é adquirir suas garrafas de locais de procedência conhecida.

Categoria de Whiskies







SCOTCH
A maioria absoluta dos scotches bebidos no mundo é de blends, ou seja, mistura de uísques destilados em alambiques.
BOURBON
O Bourbon americano, por exemplo, é um destilado de milho; ele deve conter pelo menos 51% de milho, mais geralmente tem 60% a 80% deste cereal e o restante de pequenas proporções de cevada e centeio.
TENESSEE WHISKEY
O uísque Tenessee, produzido no Estado americano de mesmo nome tem pelo menos 51% de cereal em sua composição.
RISH WHISKY
O Irish Whiskey, o uísque irlandês, onde é usado o carvão para aquecer o malte em seus alambiques, material este que não exerce influência sobre o sabor da bebida.

Classificação do Whisky





 
O whisky caracteriza-se por um conjunto de dimensões precisas. Uma análise atenta no rótulo de qualquer marca de scoth permite identificar o produto:
- Por Cereal utilizado: Apenas cevada maltada (MALTE) ou de mistura de varios cereais tais como o milho, trigo, aveia, centeio, cevada maltada e/ou não maltada (BLENDED) para os escoceses.
- Por Destilaria de produção: uma única (SINGLE) ou várias destilarias (VATTED)
Portanto o Whisky pode ser:
Single Malt:
feito só de cevada, não contendo nenhum tipo de mistura e fabricado em apenas uma destilaria.
Vatted:
formado pela mistura de dois ou mais singles maltes.
Grain:
produzido com cereais como milho ou trigo e alguns de centeio.
Blended:
é o whisky mais globalizado. Seu sabor e identidade são o resultado da mistura de whisky de malte e de grão. 

Tipos de Whiskies





Existem 3 tipos de Scotch Whisky, de Malte, Grão e Blended. Suas características principais são:
WHISKIES DE MALTE - 1494
- Principal característica de sabor para os blended whiskys;
- Engarrafados como single malts;
- Destilação em alambiques de cobre;
- Existem cerca de 90 destilarias de whiskys de malte na Escócia, sendo 42 delas em Speyside.
WHISKIES DE GRÃO - 1830
- São praticamente só utilizados na composição dos blended whiskys;
- Mais leves e delicados;
- Capacidade de produção 20 vezes maior que a produção de whiskys de malte;
- Destilação contínua;
- Existem 8 destilarias de whiskys de grão na Escócia, só uma ao norte.
BLENDED WHISKIES - 1860
- Combinação de whiskys de grão e whiskys de malte, de diversos tipos e idades, de diversas regiões do país;
- O blending acontece depois da maturação de cada um dos whiskys de grão e de malte;
- A pessoa responsável por esta mistura é o Master Blender, cargo máximo das destilarias de whiskys;
- O propósito da mistura de whiskys é criar um sabor mais rico, macio e suave.


Single Malt:
Feito só de cevada, não contendo nenhum tipo de mistura e fabricado em apenas uma destilaria.
Vatted:
Formado pela mistura de dois ou mais singles e maltes.
Grain:
Produzido com cereais como milho ou trigo e alguns de centeio.
Blended:
É o whisky mais globalizado. Seu sabor e identidade são o resultado da mistura de whisky de malte e de grão.
- O processo de Triple Blending garante a suavidade que nenhum método consegue igualar:
I. Whiskys de malte são misturados com whiskys de malte;
II. Whiskys de grão são misturados com whiskys de grão;
III. Whiskys de malte e grão são misturados e armazenados por mais um tempo (cerca de 6 meses) em barris de carvalho. Esse método permite que haja um casamento perfeito entre os whiskys.
Este processo gera um whisky super premium de qualidade insuperável e características próprias e específicas.

Cerveja: A fase da degustação...



Chega-se assim à fase mais importante (e desejada!) deste longo processo de apreciar uma cerveja: a prova. Dê um primeiro gole e deixe o líquido vaguear pela sua boca, fazendo com que ele entre em contacto com diversas partes da sua língua sensíveis a diferentes sabores (salgado, doce, ácido, amargo). Respire enquanto tem a bebida na boca, para o ajudar a sentir os aromas. Depois de engolir, verifique qual o sabor que mais se destacou, seja ele forte ou fraco, persistente ou efémero. Curiosamente, este sabor final é muitas das vezes substancialmente diferente do sabor que sentimos quando tínhamos o líquido na boca e, de facto, não é menos importante do que este, pois quando acabarmos a cerveja, será esta a recordação com que iremos ficar. E um bom paladar final pode-nos sempre inspirar a tomar mais uma cerveja!
Depois deste contacto inicial, dê um novo gole e tente confirmar, ou não, as impressões com que tinha ficado. Talvez a melhor maneira de o fazer é questionando-se a si próprio e ir eliminando as hipóteses. Por exemplo: qual o sabor que prevalece? É doce? Mais para o amargo? Vai variando consoante move o líquido pela sua boca? Tudo isto são possibilidades. O que interessa é discernir qual o sabor que mais se destacou e verificar se este lhe é familiar. A partir daqui, trata-se apenas de uma questão de sensibilidade e alguma aprendizagem. Tomemos como hipótese que achou a bebida algo adocicada. Está na altura de perceber se consegue definir com mais precisão esse sabor. Poderá parecer-lhe próximo do sabor do caramelo, ou de leite condensado, ou então um adocicado mais floral. Se, no entanto, achou o sabor algo ácido, poderá fazer a si próprio outras perguntas como: já alguma vez experimentei algo similar?; será mais parecido com gin ou com outro género de bebida?; terá um toque de limão ou maçã? Encontrar o sabor que procuramos nem sempre é fácil e requer algum treino. Mas não deve de ser uma questão que o preocupe. O que realmente lhe deverá interessar será a definição do seu gosto, para que possa optar pelas cervejas que mais prazer lhe dão. O resto virá por acréscimo.
Todos os elementos que atrás referimos são importantes para se poder escolher uma boa cerveja e apreciá-la com a devida atenção. E se utilizamos o adjectivo ‘boa’, não queremos dizer com isso que se trate de uma cerveja cara ou de grande qualidade. Uma boa cerveja é aquela que nos sabe bem, quer a sua qualidade seja elevada ou não. Se porventura algum dia consultar um dos muitos sites que existem na Internet relativos à classificação de cervejas, verá que a opinião poucas vezes é unânime, sendo que essa falta de unanimidade acontece mesmo entre júris bastante conceituados e com larga experiência. É claro que existe uma média ou, colocando de um outro modo, uma tendência que indica se uma certa marca de cerveja é mais apreciada,  ou não, do que outra. No entanto, um copo sujo, um lote menos bom ou uma temperatura incorrecta podem transformar uma boa cerveja numa experiência penosa e desagradável. Por isso, também o aconselhamos a não ir atrás duma primeira tentativa e dar sempre  uma nova oportunidade a uma marca que não tenha gostado. Caso volte a não apreciar esse produto, isso não deverá ser motivo para grandes preocupações já que existem milhares de marcas em todo o mundo, muitas delas já vendidas em Portugal e, por certo, alguma acabará por o satisfazer plenamente. O mais importante de tudo é lembrar-se de que uma boa cerveja é aquela que se adequa ao seu gosto.

Quando se começa a avaliar cervejas de um modo mais sistemático, há vários aspectos que devemos ter em consideração. Um deles é o de não se deixar influenciar por outras opiniões quando a avalia. Todas as experiências são diferentes, por isso evite ir com ideias pré-concebidas para uma sessão de degustação. Para além do mais, há que ter em atenção que existem muitos estilos no mundo e, dentro de tantos, há com certeza alguns dos quais não gostamos. É sempre importante contextualizarmos e termos bem presente qual o estilo de cerveja que estamos a beber. Imagine que não gosta de lagers. Tal não quer dizer que todas as lagers do mundo sejam más. Há lagers de boa qualidade e lagers de má qualidade. Deve-se aprender a avaliar uma cerveja com as características inerentes a cada estilo. No meu caso, por exemplo, não sou grande apreciador do sabor avinagrado característico do estilo Flemish Sour Ale. No entanto, há pouco tempo classifiquei a Rodenbach Redbach e a nota que lhe atribuí foi francamente positiva. É uma cerveja bem conseguida, complexa mas que, infelizmente, tem algo no sabor que não se adequa ao meu gosto pessoal. Se estiver de facto interessado em se tornar num avaliador profissional de cervejas, este é um bom sítio por onde começar: http://www.bjcp.org.
Da minha experiência pessoal, posso referir outros factores que considero importantes quando se avalia uma cerveja. Se possível, evite estar num sítio com muito fumo. No caso de ter fumado recentemente, é preferível fazer a avaliação num outro dia pois o tabaco altera e muito o sabor que temos das coisas. Por outro lado, certifique-se que tem os seus sentidos totalmente operacionais: constipações, língua queimada (devido a ter-se comido algo quente) e  refeições picantes são inibidoras de uma análise completa e adequada. O experimentar muitas cervejas seguidas prejudica uma avaliação correcta e isenta. É por este motivo que não é uma boa ideia avaliar cervejas em festivais dedicados a esta bebida. Na maior parte das vezes as amostras são pequenas, os copos e o modo de servir não são os adequados e o consumo consecutivo não deixa fazer uma avaliação exacta. Se quiser experimentar mais de duas cervejas, é aconselhável "limpar" o paladar. Tenha consigo um copo com água ou bolachas do género cream cracker, que o ajudam nesta tarefa e também o auxiliam para que não fique inebriado. Evite comidas salgadas ou gordurosas, pois podem alterar o seu paladar. Finalmente, é importante ir tirando notas. Após ter experimentado quatro ou cinco cervejas, as características de cada uma podem-se misturar e quando chegamos a casa já não se sabe bem quais eram as boas e quais eram as más. Tente andar com um papel e um lápis pequeno, onde possa escrever as principais características que encontrou em cada cerveja.

Cerveja:Qualquer copo serve....


Em segundo lugar, e não menos importante, temos a questão do copo. Por mais estranho que isso nos possa parecer, a forma e profundidade do copo podem afectar não só o aroma como a qualidade geral de uma cerveja. Tal como acontece com a temperatura, existem muitos rótulos que trazem a indicação de qual o formato de copo adequado a uma correcta degustação. Devemo-nos assegurar de que o copo está seco e de que não contém sujidade. Essa sujidade não só poderá alterar o sabor da bebida como muito certamente subirá com a espuma, ficando assim com um aspecto ainda mais desagradável. Resíduos de gordura no copo também são de evitar, pois eliminam o gás carbónico, o que faz com que a espuma desapareça com maior rapidez. É completamente desaconselhado beber-se pela garrafa, pois isso não permite que a cerveja ganhe vida como no copo e, por outro lado, poderá transmitir ao aroma sabores metálicos provenientes da carica. Dê preferência às cervejas engarrafadas relativamente às enlatadas.
Passemos agora ao processo de servir a cerveja. Comece a vertê-la no copo suavemente e vá-o inclinando até este atingir uns 45º. Quando estiver próximo do meio, afaste progressivamente a garrafa do copo o qual, por sua vez, deverá endireitar até atingir uma posição quase vertical. Todos estes gestos permitem a criação da espuma. Tal facto é bastante importante pois é esta que impede uma rápida libertação do gás e que, por outro lado, protege o líquido do ar, evitando a oxidação do seu sabor. A espuma deverá ter, em média, entre 2 e 4 centímetros. A duração da espuma irá depender do tipo de copo e da própria cerveja. Copos mais altos produzem mais espuma mas, como antes foi dito, nem sempre esses copos são os mais indicados. A melhor solução é, caso exista,  seguir a indicação que vem no rótulo.

A melhor maneira de apreciar uma cerveja

Existem duas maneiras de se olhar para uma cerveja e, por consequência, de a saborear: uma primeira perspectiva, passa por a considerarmos como um mero refresco ou como uma boa forma de acompanhamento de qualquer refeição mais condimentada; a outra forma leva-nos a escolhermos a cerveja consoante o nosso gosto, o momento, a refeição ou até as condições climatéricas que existam. De facto, tal como o vinho, também as qualidades das cervejas devem ser apreciadas e saboreadas. Deve-se observar a cor, a espuma, o aroma e todos os aspectos do seu sabor que nos chamem a atenção, quer seja pela positiva ou pela negativa. Sim, porque cerveja não é apenas cerveja! Há cervejas que são de facto más, enquanto outras são o resultado de anos de pesquisa e aperfeiçoamentos, autênticas obras de arte!

Nesta rubrica vamos tentar ressalvar os aspectos que nos parecem mais importantes para que possa aperfeiçoar o seu gosto e com isso escolher quais são as cervejas que mais se lhe adequam. No entanto, e como em tudo na vida, o gosto de cada pessoa não é algo científico. Por exemplo, pode estar num bar a beber uma cerveja com um seu amigo e achá-la muito boa, enquanto que o seu amigo, apesar de estar a beber a mesma marca, a achar extremamente desagradável. Isso pode depender do lote (podem ser de lotes diferentes), do copo, da maneira como foi servida ou, simplesmente, pode ser que você e o seu amigo tenham gostos diferentes!
Para começar, existem dois elementos muito importantes e que devem ser cuidadosamente verificados antes de se iniciar uma prova de cervejas. Primeiro que tudo, há que ter em atenção a temperatura a que a cerveja irá ser servida. Em Portugal, temos o hábito de beber a cerveja ‘estupidamente fresca’. Apesar de ser algo natural, devido ao nosso clima e ao tipo de cerveja que, em geral, se bebe no nosso país – as lager – tal facto não se aplica a todas as cervejas ou a todo o tipo de ocasiões. Podemos estranhar o comportamento do povo inglês que bebe cervejas escuras a uma temperatura quase ambiente. Todavia, para saborear correctamente certo tipo de cervejas, como por exemplo uma porter, quase que não será necessário a sua ida ao frigorífico. As temperaturas baixas podem ocultar os aromas. E, pensando bem, não tem grande lógica beber algo muito gelado em pleno Inverno. Há cervejas próprias para esse tipo de clima, que podem servir não só como acompanhamento de um jantar ou como algo que se beba numa discoteca,  mas que funcionam também como um factor que nos possa reconfortar. Em geral, as melhores cervejas trazem no rótulo a temperatura a que devem ser bebidas, sendo que essa indicação vem muitas vezes acompanhada da maneira que deverá ser servida para melhor ser saboreada 

Sauvignon Blanc


Origem
Casta superior de uva branca originária das regiões de Bordeaux e Loire (França). Produz excelentes vinhos brancos secos, com acentuado bouquet e caráter distinto, envelhecer 5-10 anos, ou até mais, e só melhorar com o tempo (com os devidos cuidados, obviamente). É uma uva espetacular, de categoria ímpar, comparável somente a Chardonnay.

Cabernet Franc


Origem
Uva tinta de ótima qualidade, originalmente proveniente de Bordeaux (França), e de cultivaçao mais antiga. A Cabernet Franc é utilizada no clássico "corte bordalês", junto a cabernet sauvignon, merlot e petit verdot. É ela a responsável pela estrutura, o esqueleto sustentador, dos grandes vinhos "grand cru" de Bordeaux (a Cabernet Sauvignon dá aroma, sabor e corpo, a Merlot dá suavidade, maciez e completa o sabor; a Petit Verdot dá um leve tempero). Os vinhos varietais da Cabernet Franc são robustos e aromáticos, embora mais tânicos e um pouco ácidos.

Regiões de produção
Apesar da forte ligação que mantém com a região de Bordeaux, a Cabernet Franc se espalhou por todo o mundo, e é usada tanto em varietais como em combinações variadas.

Características dos Vinhos
Embora possa atingir bons níveis de qualidade, a Cabernet Franc não é ideal para vinhos varietais. Mesmo assim pode produzir vinhos de bom corpo, cor rubi intensa, mas sempre com acidez acentuada. Não são vinhos para guarda.

Harmonização
Acompanham bem carnes leves, aves defumadas, e sopas. São uma boa opçao para sanduiches e refeiçoes rápidas. Se for acampar, leve Cabernet Franc - é o único que resiste firme.

Chardonnay 2


Origem
Excelente uva branca, originária das regiões de Champagne e Bourgogne (França), mas hoje espalhada pelo mundo todo. Na Champagne, é junto com a Pinot Noir a casta do champagne, que é um vinho espumante com acidez marcante, e conteúdo elevado de gás carbonico dissolvido no líquido, o que muda totalmente as caracteristicas organolépticas. Devido á combinação açúcar-acidez, champagnes bem elaboradas podem durar muitos anos, como podem também os vinhos tranquilos chardonnay e pinot noir.

Regiões de produção
Reservamos essa "chardonnay 2" para a região da Champagne, onde devido ao solo altamente calcário, apresenta elevada acidez, que permite produzir o champagne espumante e duradouro. No Novo Mundo, muitos países tentam reproduzir o vinho champagne, inclusive usando o corte com Pinot Noir; hoje os melhores "champagne" fora da Champagne são reconhecidos como sendo os produzidos no Brasil e no norte da Itália (Franciacorta).

Características dos Vinhos
O champagne é considerado por muitos o melhor vinho do mundo; e por todos como o vinho de celebração. Devido ao seu brilho, sua cor palha-citrino, as bolinhas saltitantes, a acidez marcante, o frescor no paladar, e sua leveza (alcool típico 11,5%), é um vinho que se destaca em qualquer ambiente. Um bom champagne é sempre leve, saboroso, com uma boa permanencia, acentuada pelo gás; e um final de boca que já chama outra taça.

Harmonização
A melhor harmonização da champagne é em boa companhia, com muita alegria e prazer. Nos comes, pode ser acompanhada por canapés finos (salmão, caviar, atum fresco); ou comida japonesa, sushi, sashimi, tempura; peixes nobres, badejo, congro, linguado; cogumelos e aspargos. Queijos especiais como brie e camenbert irão bem com champagne, mas chèvre (cabra) ainda é o melhor.

Chardonnay


Origem
excelente uva branca, originária das regiões de Champagne e Bourgogne (França), mas hoje espalhada pelo mundo todo. Responsável por grandes vinhos brancos, com equilibrado sabor frutado, entre o seco e o meio-doce, com boa capacidade de envelhecimento. Apresentamos em separado a Chardonnay da Champagne (Chardonnay 2).

Regiões de produção
Embora seja possível conseguir ótimos chardonnays pelo mundo afora (Velho e Novo), nada se compara com sua melhor expressão na Borgonha, onde são elaborados os Puilly-Fuissé, os Montrachet, e outras preciosidades.

Características dos Vinhos
Os chardonnay usuais (não os espetaculares mencionados) são vinhos frutados, com moderada acidez e corpo leve. Tem uma coloraçao palha citrino, brilhante. Os aromas são de frutas tropicais (toques de abacaxi, ligeiro maracujá) e uma leve menta.

Harmonização
peixes leves, carne branca, pratos simples e saladas. Ou mesmo acompanhando frutas e queijos num final de tarde de outono.


Periquita


Origem
Uva tinta portuguesa, da região de Setúbal, onde foi muito comercializada por José Maria da Fonseca (na Cova da Periquita) e tornou-se conhecida por esse nome. Seu nome verdadeiro é Castelão Francês, hoje re-nomeada Castelão Franco. Dá bons vinhos varietais, de médio corpo, cor rubi e sabor lembrando amoras, framboesas e cerejas.

Regiões de produção
o mais famoso vinho de Portugal (fora o Porto) é hoje o Periquita; entretanto os seus produtores não querem que a uva mude de nome -- continuando castelão francês ou franco -- senão perdem a marca. Fora de Portugal já existem espanhóis Periquita. O vinho Periquita pode ter além da Periquita (castelão francês), Tinta amarela e Aragonês, a partir de 2002.

Características dos Vinhos
trata-se de vinho simples e honesto, saboroso, jovem e de médio corpo, de cor rubi vivo. Aromas de frutas vermelhas (cereja em destaque), e toques de canela e baunilha; na boca é leve e agradável, deixando sabores iguais ao dos aromas.

Harmonização
sendo um vinho leve vai muito bem com aves e assados de carne suína (pernil e lombinho). Tortas salgadas, de queijo, frango com catupiry, bacalhau ou palmito vão bem com Periquita. Uma de prato brasileiro simples, o escondidinho de carne seca e mandioca, é uma ótima combinaçao (muito melhor com vinho que cerveja).

Muscat


Origem
a uva muscat é a versão francesa da moscatel, ou moscato (na Itália). É mais utilizada e difundida no Sul e sudeste da França, e também na Alsácia, onde as uvas brancas são maioria. Suas características são as mesmas da moscatel.

Regiões de produção
em todas as regiões mencionadas, são feitos vinhos tranquilos e espumantes, saborosos e frutados, em geral com baixo teor alcoolico e meio-doces, sendo doce natural dos açucares da uva.

Características dos Vinhos
sendo em geral um vinho frutado e com expressivo teor de açucar, agrada aos que não gostam de vinho seco. Podem entretanto ser bons vinhos, mas não excelentes, devido á pouca complexidade que apresentam.

Harmonização
queijos, saladas, entradas, canapés, festas (pricipalmente os espumantes);

Monastrell


Origem
Importante casta tinta espanhola, produzindo saborosos vinhos de bom corpo, equilibrados, com taninos suaves. Em geral, o vinho dessa casta é oferecido como crianza e roble (carvalho). Não são vinhos de muita guarda, alcançando bem 3 a 4 anos após colocação no mercado, mas não muito mais. Na França, região Languedoc-Roussillon, é conhecida como Mourvédre - na verdade é dificil dizer se da França foi para Espanha, ou vice-versa.

Regiões de produção
na Espanha espalha-se pelo Leste, em Alicante, e Nordeste, Priorato e Penedés; também chamada Morastell, na Catalunia; na região de Alicante (leste Espanha, na costa) é chamada Alicante. Na França, nas regiões Languedoc-Roussillon, Rhône e Provence, é conhecida como Mourvédre.

Merlot


Origem
uma das melhores uvas do mundo, original de Bordeaux (França). É hoje das mais cultivadas em todo mundo, produzindo excelentes varietais. Na sua origem, entra na composição dos grandes bordeaux, habilmente combinada com cabernet sauvignon, e cabernet franc ou verdot. Tem ampla capacidade de envelhecimento.

Regiões de produção
A região imbatível do Merlot é Saint-Emilion, em Bordeaux. Ali são feitas peças divinas como Chateau Cheval Blanc e Chateau Petrus. Fora dali, espalha-se por todo o mundo, sendo digno de nota os Merlot chilenos californianos, e neo-zelandeses. Na Itália tem feito boas combinações com a SanGiovese.

Características dos Vinhos
Novamente, os divinos são uma experiencia á parte. Os bons varietais mortais, tem caracteristicas semelhantes á Malbec, entretanto considera-se a Merlot via-de-regra superior a Malbec; sua cor rubi-violácea forte, densa, já revela no visual o vinho de aromas maduros que virá; no paladar, preenche a boca e mostra frutas maduras, e se teve envelhecimento, um nítido tabaco, notas de baunilha e especiarias, e um toque de couro, com tato macio e final de boca longo e persistente.

Harmonização
devido ao seu corpo pleno e taninos robustos e equilibrados, será sempre boa companhia para carnes, caças e aves mais consistentes (frango não!). Com seu toque macio dos açucares remanescentes, e o bom equilíbrio entre acidez e alcool, e taninos e antocianos presentes, é bom acompanhamento também para pratos de carne de porco, pernil, lombinho grelhado, com batatas, ou num toque mais brasileiro, aipim (mandioca) frita, ervilhas. Não esqecer dos queijos amarelos.

Lambrusco


Origem
Sem dúvida a uva mais conhecida da Emilia-Romagna. Produz o vinho frisante de mesmo nome. Na maioria dos casos, o Lambrusco é amabile (meio-doce) ou doce, embora sejam produzidos Lambruscos abbocato (meio-seco) e seco, que sao na verdade os melhores. Uva tinta.

Regiões de produção
Embora não haja impedimento de se produzir vinhos com a uva Lambrusco em outras regiões, a região demarcada (DOC)é Modena, na Emilia.

Características dos Vinhos
É um vinho tinto leve, que deve ser tomado gelado (8-10 C), saboroso e ligeiro, sem grande expressão, mas com longa tradiçao -- devido á inovaçao de ter sido um dos primeiros vinhos frizzantes. Em geral pouco alcoolico, em torno de 10-11%. O abbocato é talvez o mais agradável, sendo o secco muito adstringente.

Harmonização
Apesar de tinto, sua harmonizaçao é com saladas (palmito, endivias, cogumelos), maionaise, peixes frios e queijos (cabra e amarelos). Uma combinaçao interessante é o amabile ou abbocato com gorgonzola, passas e torradas. Outra opçao é com crêpes ou sanduiches, acompanhando saladas verdes.